segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Beethoven Symphony nº2

Caros leitores,

Publicada em 1802, Beethoven escreveu a sua segunda sinfonia dedica ao Príncipe Lichnowsky.

Karl Alois, mais conhecido como Príncipe Lichnowsky, foi príncipe da Prussia e foi um dos mais importantes defensores de Beethoven, sendo considero pelo compositor como um de seus amigos mais fieis e promotor de sua música. Mas a relação entre os dois duraria de 1800, quando o príncipe deu a Beethoven um subsidio anual de 600 florins, até 1806, quando uma desavença entre os dois acabaria com essa amizade, fazendo o compositor (vivendo no território de Lichnowsky), ao chegar em sua casa quebrar um busto do príncipe.
Em 1809, mesmo os dois se estranhando, Lichnowsky arranjou uma bolsa para o compositor, mas com a invasão do exercito de Napoleão em Viena, não foi possível pagar o salário ao compositor.

A obra foi escrita em 1802, quando Beethoven residia em  Heilligenstadt, cidade no distrito de Viena. Nesse período, a surdez Beethoven começa a aparecer e o compositor percebe que ela poderia ser incurável.

Ao contrario da sua primeira sinfonia, aonde escutamos um Beethoven Haydniano, nessa segunda sinfonia já começamos a perceber características sonoras pessoais do compositor.

No primeiro movimento da obra, o compositor explora uma introdução lenta (Adagio Molto). A apresentação do tema A da música é exposto passando a música para um Allegro com Brio, passando para o tema B em uma tonalidade dominante ao tema A. O desenvolvimento da música acontece com elementos do tema A, aonde o compositor passa por diversas tonalidades até o retorno a sua tonalidade de Ré Maior, apresentando o tema B na tonalidade de Lá maior em seguida.

No segundo movimento, um Larghetto, temos um dos movimentos lentos mais longos escritos por Beethoven. Nesse movimento podemos sentir a influencia da música folk e pastoral, antecipando os elementos explorados na sua famosa sexta sinfonia, intitulada de "Pastoral".

No terceiro movimento, um Scherzo, Allegro,  Beethoven representa elementos típicos encontrados nas danças austríacas.

No quarto e último movimento, Allegro Molto, é marcado pelas passagens rápidas das cordas, aonde podemos sentir um Beethoven stressado, principalmente por seus problemas gástricos.

Nessa segunda sinfonia, podemos já perceber um Beethoven bem diferente da sua primeira. Sentimos um Beethoven, mais solto, explorando algumas Hebert Von Karajan a frente da orquestra de Vienna. pessoais, que o seguem a partir de agora até a sua última sinfonia.

Abaixo segue a Segunda Sinfonia de Beethoven, interpretada novamente pelo Hebert Von Karajan, frente da orquestra de Viena.

Prepare seu café e sua xícara e desfrute o momento.






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